A minha visão do amor.

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Pra ser sincera, descobri que falar de amor sempre foi fácil, difícil mesmo é encontrá-lo. Vivemos com a ideia de que o amor é como o dos filmes, aquela ideia de que o amor é simplesmente sobre formar um par, apenas sobre beijos e abraços. Somos criados para pensar que o amor se resume a casal. Calma, vou chegar lá. Me pediram pra escrever sobre amor, sobre a minha visão sobre o sentimento que transformamos num bicho de sete cabeças. Demorei muito pra aprender o que ele é, custou muito tempo, cansaço, lágrimas, dor e sofrimento. Mas, já que percorri esse caminho, agora eu posso responder: Qual é a minha visão do amor?

O amor é quando indicam músicas porque acham que você vai gostar, é quando oram por você porque, na crença delas, essa é uma forma de te proteger. O amor é o alívio no peito, o sorriso pro nada, a calmaria de um dia. É escrever cartas, fazer amizades, viajar pra onde se sente bem, é fazer as pazes...O amor é se sentir em casa. Pra mim, o amor é conseguir acordar depois de uma noite meio turbulenta, o amor é se alimentar, tomar um banho bem gelado naquele dia de calor, é rir por horas com alguém, é fofocar com quem você se sente confortável pra falar as coisas mais baixas ou até mesmo mais cultas.

A verdade é que o amor nunca se resumiu a dois, e como uma pessoa completamente monogâmica eu não estou falando desse tipo de relacionamento que você pensou. O que eu estou tentando dizer, é que a gente perdeu tempo demais acreditando que só seria amado de forma romântica, quando na verdade sempre foi muito...mas muito além disso. Nos acostumamos com migalhas de pessoas que não aprenderam a ter consideração nem por elas mesmas, e quando terminávamos decepcionados, ainda tínhamos a coragem de colocar a culpa em nós mesmos. A minha visão do amor, a partir do momento em que eu o conheci, sempre foi me amar antes, sem querer cobrar do outro coisas que talvez nem ele faça por si próprio. É e sempre vai ser um processo.

O amor é se amar, se respeitar, juntar os cacos, gritar ao silêncio. A arte de amar sempre foi além de roteiros de filmes dos anos 2000, até porque todos esses filmes sempre tentaram moldar nossas mentes, mas pra ser sincera eu ainda não assisti um que fale sobre se colocar em primeiro lugar.

Numa versão adaptada de uma frase que ouvi Keanu Reeves dizer, se você escolhe amar, você escolhe lutar, porque se você não luta por aquilo que ama, que tipo de amor você vai ter? A minha visão de amor envolve se escolher em primeiro lugar, porque só assim você consegue passá-lo adiante.

Você já se amou hoje?