Isso não é sobre mochilas.
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"Quando você ri do seu passado você finalmente se perdoou." -Fabrício Carpinejar |
Diariamente preciso carregar as minhas coisas na mochila, e mesmo tendo certeza de que tudo o que preciso está ali dentro, basta chegar na esquina que a sensação de que algo foi esquecido surge, e com ela vem a dúvida: voltar pra conferir ou seguir em frente e ver no que dá?
Todos os dias a gente precisa se levantar e viver, e por mais que cada dia seja único, sempre carregamos quem somos em todas as situações que vivenciamos, até chegarmos em certo ponto e percebemos que talvez estejamos deixando algo de lado. O problema é que essa sensação causa uma antecipação que ferra com a cabeça de qualquer um. Você simplesmente passa a querer carregar todos os seus fardos, e eles são como grãos de areia, podem até se parecer pouca coisa, mas em excesso...
Você já imaginou como deve ser carregar uma mochila cheia de areia?
Outra coisa caótica é que a consequência de carregar seus traumas é que não sobra espaço pra tudo o que há de bom. Você sabe dizer qual foi a última vez que sorriu de uma bobeirinha da vida sem se cobrar? Se lembra da sensação de liberdade que é confiar em alguém ou respirar aliviado sabendo que se está onde está é porque é exatamente assim que deve ser? Consegue fazer tudo isso sem focar no seu passado? Porque você deixou de separar as coisas? Qual é o sentido de se torturar por tudo aquilo que vai além do seu controle?
Se serve de consolo eu também não terminei de esvaziar a mochila, é um processo lento e chato, mas já é alguma coisa, não acha?


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